quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Dor de cabeça aumenta o risco de depressão e distúrbios do sono

Como se não bastassem as crises de dor de cabeça, pessoas com cefaleias, principalmente a enxaqueca, apresentam um risco maior de desenvolver outras doenças. Chamamos essa associação de duas doenças que ocorrem no mesmo indivíduo de comorbidades. Elas também são caracterizadas por dividir uma causa em comum. E quanto maior a frequência das dores de cabeça, maior a presença de comorbidades. Neste artigo, vamos conversar um pouco sobre algumas dessas doenças associadas. Dor de cabeça e distúrbios psiquiátricos.

Pessoas com enxaqueca e cefaléia do tipo tensional têm maior frequência de transtornos como ansiedade e depressão, principalmente se apresentam dor de cabeça diariamente. Em pesquisa realizada no Setor de Cefaleias da UNIFESP, foi observado também em crianças com enxaqueca uma maior frequência de sintomas psicológicos como preocupação excessiva, oscilações de humor e agressividade.

Dor de cabeça e distúrbios de sono:
Insônia, dificuldades em manter o sono com despertares recorrentes, mexer-se muito na cama, sonambulismo, bruxismo, são distúrbios de sono mais comuns em pessoas com cefaleias, tanto em adultos como em crianças. Também em pesquisa realizada na UNIFESP, crianças com enxaqueca apresentaram uma diminuição do sono REM, fase do sono mais profunda na qual sonhamos, comprovado pelo exame de polissonografia, o que pode provocar dificuldades de atenção e memória e pior desempenho escolar.


Dor de cabeça e outras dores:
Pessoas com dor de cabeça apresentam com maior frequência e intensidade outros quadros dolorosos como dor lombar, tendinites, dor facial, e a fibromialgia, onde a dor acontece no corpo todo. Cerca de 80% das pessoas com fibromialgia também apresentam dores de cabeça, e já apresentavam a cefaléia antes da fibromialgia.

Dor de cabeça e crises convulsivas:
Vários estudos comprovaram que pessoas com enxaqueca têm maior risco de sofrer uma crise convulsiva, principalmente se tiveram um tipo de enxaqueca que chamamos enxaqueca com aura, onde além da
dor de cabeça, apresentam junto com a cefaléia sintomas visuais, como embaçamento, perda visual ou pontos brilhantes na visão e formigamentos no corpo.

Déficits de atençaõ e problemas de memória:

Queixas sobre déficit de atenção são muito comuns em pessoas com dores de cabeça, tanto em crianças como adultos. Ainda existem poucos estudos científicos sobre essa associação, porém um estudo brasileiro pioneiro, realizado no Setor de cefaleias da UNIFESP, demonstrou que, crianças com enxaqueca, quando comparadas com crianças sem cefaleia, apresentaram maior dificuldade em atenção e memória. Alguns estudos internacionais também encontraram essas dificuldades em adultos com cefaleia.

Tonturas:
Pessoas com dor de cabeça apresentam com mais queixas de tonturas, rotatórias (vertigens) ou não, tanto na crise de cefaleia ou mesmo fora dela. Tal situação favorece a ocorrência de diagnósticos equivocados como labirintites e mudanças na pressão arterial e, como consequência, tratamentos inadequados para pessoas com dor de cabeça.

Dor de cabeça e derrames cerebrais
Estão em grande evidência estudos que encontraram uma maior associação entre a enxaqueca e doenças vasculares como o infarto cardíaco, e principalmente os acidentes vasculares cerebrais (AVC), chamados de

derrames. E esse risco é ainda mais alto em pessoas com a enxaqueca com aura, e em mulheres que tem enxaqueca e usam pílulas anticoncepcionais e são fumantes. 
Se você apresenta crises de dor de cabeça, principalmente a enxaqueca, deve observar o aparecimento de outros sintomas ou doenças. A boa notícia é que o tratamento da dor de cabeça, quando bem indicado, pode melhorar também as doenças associadas. O mais importante é não deixar de lado o sinal de alerta que é a cefaleia, achando que dor de cabeça é algo simples e corriqueiro. As doenças associadas tendem a acontecer ainda mais em pessoas que apresentam dores de cabeça frequentes ou há muito tempo.

Fonte: Minha Vida

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Café atrapalha o sono, mesmo várias horas depois do consumo


A cafeína é uma das substâncias mais consumidas por pessoas que procuram se manter acordadas, como aquelas que trabalham à noite. Porém, uma nova pesquisa aponta que a substância pode atrapalhar a qualidade do sono daqueles que a consomem, mesmo que seja durante o dia.

De acordo com Julie Carrier, autora do estudo e professora de psicologia da Universidade de Montreal, no Canadá, o efeito da cafeína afeta o sono ainda mais nas pessoas mais velhas. A pesquisadora afirma isso de acordo com um estudo realizado com 24 pessoas em dois grupos de idade: 20 a 30 anos e 45 a 60.

Os participantes do estudo passaram duas noites sem dormir nos laboratórios. Depois, eles receberam uma pílula de cafeína ou um placebo, e três horas depois receberam permissão para dormir. Mesmo com a extrema privação de sono, as pessoas que ingeriram a cafeína tiveram o sono afetado negativamente, principalmente os mais velhos, que dormiram 50% menos que o normal.

Nos dois grupos de idade, a substância diminuiu a eficiência do sono, a sua duração e o sono REM, que é quando o corpo mais descansa. “Todos conhecemos alguém que diz que dorme como um bebê depois de uma xícara de café”, diz Carrier. “Embora elas possam não perceber, o seu sono não será tão profundo e provavelmente será mais conturbado”, completa a pesquisadora.


Fonte: Hype Science

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Insônia saiba mais


A insônia se caracteriza pela incapacidade de conciliar o sono e pode manifestar-se em seu período inicial, intermediário ou final.

O tempo necessário para um sono reparador varia de uma pessoa para outra. A maioria, porém, precisa dormir de sete a oito horas para acordar bem disposta. Pesquisas recentes sugerem que aqueles que consideram suficientes quatro ou cinco horas de sono por noite, na realidade, necessitariam dormir mais.


Aparentemente, pessoas mais velhas dormem menos. Entretanto, o tempo que passam dormindo pode ser exatamente o mesmo da mocidade, dividido em períodos mais curtos e de sono mais superficial.


Localizar as causas da insônia pode ser facilitado pela polissonografia, um exame que monitora o paciente enquanto dorme.

Insônia pode ser tratada com medicamentos que devem ser prescritos pelo médico. Não se automedique.


Causas da insônia
A insônia pode ter causas orgânicas e psíquicas. Pesquisas apontam a produção inadequada de serotonina pelo organismo e o estresse provocado pelo desgaste quotidiano ou por situações-limite como causas mais importantes.


Recomendações
Algumas mudanças simples no estilo de vida podem ajudar a combater a insônia, mesmo quando ela for crônica:

* Limite o consumo de cafeína presente no café, chás, colas, chocolates, etc. Até a cafeína usada como ingrediente de alguns alimentos pode prejudicar o sono das pessoas mais sensíveis;

* Converse com seu médico sobre os remédios que esteja usando. Certos medicamentos descongestionantes podem ser tão estimulantes quanto a cafeína;

* Exercite-se regularmente, mas não perto da hora de dormir. Atividade física regular é essencial para quem sofre de ansiedade e ajuda a dormir melhor. No entanto, a prática de exercícios vigorosos à noite pode atrapalhar o sono;

* Estabeleça uma rotina para seu horário de dormir e de despertar. O relógio biológico responde melhor se habituado a horários regulares. Mesmo nos finais de semana, tente manter o esquema estabelecido para os dias úteis;

* Procure relaxar antes de ir para cama. Ouça música, leia um pouco, converse, assista a um filme. Lembre-se de que, depois de uma noite de sono reparador, as soluções para os problemas podem fluir melhor. Se nada disso resolver, vale a pena buscar ajuda profissional;

* Use técnicas de relaxamento. Progressivamente contraia e relaxe todos os músculos do corpo, começando pelos dedos dos pés e terminando na face. Massageie suavemente o couro cabeludo. Tente visualizar uma cena ou paisagem que lhe traga satisfação;

* Tome um banho morno. Deixe a água escorrer pelo corpo durante algum tempo, pois isso ajuda a relaxar os músculos tensos;

* Tome um copo de leite morno. O leite contém o aminoácido triptofano, que relaxa os músculos e induz o sono;

* Experimente ingerir chás à base de ervas como camomila, erva-doce, erva-cidreira, etc. Eles têm sido usados há séculos por pessoas que garantem sua ação relaxante;

* Certifique-se de que não há claridade no quarto e a temperatura é agradável. Mesmo pouca luz pode atrapalhar o sono de algumas pessoas.

* Use protetores nos ouvidos, se o barulho incomoda e não há como eliminá-lo;

* Escolha o colchão adequado para seu peso e altura. Colchões muito macios ou muito duros são contra-indicados;

* Reserve a cama somente para dormir e para relações íntimas. Evite ler, ver TV, trabalhar e conversar no quarto;

* Levante-se, se não conseguiu dormir depois de trinta minutos deitado. Ficar na cama acordado pode aumentar a ansiedade, a irritação e, conseqüentemente, a insônia. Procure distrair-se com alguma atividade tranquila e depois, mais cansado, volte para a cama e tente dormir. Repita o esquema, se necessário. Usando essa técnica, muitas pessoas conseguem reverter o processo.


Advertência
Insônia crônica requer avaliação profissional. É indispensável descobrir o que está causando essa dificuldade para dormir, pois a ausência do sono reparador pode prejudicar a saúde física e mental dos indivíduos.


Fonte: Site Drº Drauzio Varella

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Pesquisa diz que sono faz crescer


Os cientistas finalmente confirmaram o que as avós já sabiam há tempos: os bebês de fato ficam mais altos depois de uma noite de sono. As descobertas de um primeiro estudo do tipo, que mede a relação entre o crescimento diário e o sono, mostra que as duas coisas são indissociavelmente ligadas.

Os resultados do estudo, publicado na revista "Sleep", mostraram o crescimento de crianças que dormiram 4,5 horas extras por dia (em média três sonecas a mais por dia) durante dois dias. A conclusão é que o estirão ocorre nas 48 horas do aumento de sono.

E quanto mais o sono do bebê aumenta, maior a probabilidade de crescimento. Os números mostram que a probabilidade de um bebê experimentar um surto de crescimento aumenta a uma média de 43% para cada episódio de sono adicional.

- Os resultados mostram que o crescimento não só acontece durante o sono como é influenciado por ele - diz Michelle Lampl, do departamento de antropologia da Emory University em Atlanta, Georgia.

Durante o estudo, 23 pais gravaram o sono diário das crianças, começando quando os bebês tinham, em média, 12 dias de vida. Entre quatro e 17 meses o crescimento dos bebês foi avaliado.

Os autores do estudo perceberam que a secreção do hormônio do crescimento aumentou depois que os bebês foram dormir e durante a fase de sono de ondas lentas.


- Isto abre outra porta para entendermos por que dormimos - disse Lampl.



Fonte: O Globo


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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Como saber se tenho Narcolepsia?


Quem nunca desejou tirar uma soneca após o almoço ou sentiu os olhos pesarem durante uma aula enfadonha? Nessas horas o jeito é lançar mão de estratégias consagradas, como tomar café ou jogar um pouco de água no rosto.

Para alguns, no entanto, nada disso funciona. Quando bate o sono seja no meio de uma reunião com o chefe, num show de rock ou no trânsito só é possível fazer uma coisa: DORMIR.


Taxado de forma ignorante e preconceituosa como “preguiça”, o comportamento é, muitas vezes, a manifestação de um dos principais sintomas da narcolepsia. Pouco conhecida, a doença acomete um em cada 2.000 indivíduos e tem um diagnóstico difícil. O problema pode demorar vários anos até ser corretamente diagnosticado.


Apagões
Um grupo especial de neurônios do cérebro é responsável por comandar os estados de vigília e sono, ou seja, as funções “liga” e “desliga” do corpo. Por uma série de fatores que ainda não estão totalmente esclarecidos, os narcolépticos têm um déficit desses neurônios e, como consequência, têm o sono desregulado.

Segundo Denis Martinez, médico do sono e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), além de “apagar” algumas vezes durante o dia, o portador geralmente tem problemas para dormir à noite, fator que atrasa ainda mais o diagnóstico.

“As pessoas acabam achando que a sonolência diurna é normal, já que passaram por uma madrugada conturbada”, explica.

Sinais
Já que o principal indicativo da narcolepsia costuma ser confundido com preguiça, é importante ficar de olho em outros sintomas. Um deles é a cataplexia, presente em aproximadamente 60% dos casos.

Trata-se de uma perda de tônus muscular geralmente bilateral e súbita, que pode causar a queda do paciente. A moleza no corpo, cuja duração é de até cinco minutos, costuma ocorrer após fortes emoções, como rir ou tomar um susto.

A cataplexia é decorrente de uma característica importante da doença: a entrada brusca na fase REM do sono. Para se ter ideia, quem não tem narcolepsia em geral só atinge essa etapa depois de passar uma hora e meia dormindo. Martinez ressalta que é justamente no sono REM que sonhamos.

“Por isso, muitos pacientes relatam que têm alucinações durante os ataques de sonolência. Mas, na verdade, são sonhos”.

Diagnóstico
Apesar de render muitas histórias e risadas entre os amigos, dormir repentinamente causa muito sofrimento aos narcolépticos. Além de cultivarem a imagem de “corpo mole” colocando, assim, a vida profissional em risco podem se acidentar durante atividades que exigem atenção constante, como nadar, dirigir, praticar esportes ou manusear máquinas.

Por isso, diferentemente do que ocorre com outras doenças, receber o diagnóstico de narcolepsia é um alívio, pois o motivo do sono excessivo e fora de controle fica esclarecido. É importante frisar que a definição do quadro costuma vir após um exame chamado polissonografia, que avalia os fenômenos ocorridos durante o sono. Para realizá-lo é preciso dormir e passar um dia inteiro no local da avaliação.

A narcolepsia é tratada com medicamentos para aliviar os sintomas e orientação para que os pacientes façam cochilos diurnos.

“Um repouso de 15 minutos é o suficiente para deixar a pessoa revigorada para trabalhar ou exercer suas atividades por um tempo variável, que pode ser de duas a quatro horas, sem ter sono”, finaliza a médico.


Fonte: Minha Vida