terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Dormir pouco aumenta a probablidade de vir a sofrer de doenças, e morte prematura


O facto de dormir pouco ou sofrer de insônias e transtornos do sono, pode levar ao surgimento de várias doenças.

Um novo estudo vem agora salientar que dormir menos de 6 horas por dia aumenta a probabilidade de morte prematura.

As pessoas que dormem menos de seis horas por noite têm mais 12 por cento de probabilidade de morte prematura, em relação às que dormem entre seis e oito horas, indica hoje um estudo da Universidade de Warwick, Reino Unido.

“O estudo oferece provas irrefutáveis sobre a ligação directa entre uma duração breve do sono (menos de seis horas por noite) e um aumento da probabilidade de morrer prematuramente”, explica um comunicado da universidade.

Mas um sono regularmente muito longo, mais de nove horas por noite, pode representar fonte de preocupação, advertem os investigadores. Dormir muito “não aumenta por si só o risco de mortalidade mas pode ser o sintoma de uma doença grave e potencialmente mortal”, acrescenta o comunicado.

O estudo baseou-se nos resultados de 16 investigações conduzidas na Grã-Bretanha, Estados Unidos e outros países europeus e da Ásia. Ao todo participaram 1,3 milhões de pessoas, seguidas durante 25 anos.

“Um sono demasiado curto pode ser a causa de uma doença, enquanto que um sono demasiado longo pode representar o sintoma de uma doença”, resumiu no comunicado o professor Francesco Cappuccio, responsável pelo programa Sono, Saúde e Sociedade, na Universidade de Warwick.

“Acreditamos que a ligação entre a falta de sono e as doenças é causada por uma série de mecanismos hormonais e de metabolismo”, disse Cappuccio.


Fonte: Publico.pt

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Bruxismo e refluxo são comuns em pessoas com apneia do sono, indica estudo


Há uma alta prevalência de bruxismo e de refluxo gastroesofágico entre os pacientes com apneia obstrutiva do sono – condição marcada por interrupções da respiração durante o sono, causando roncos e complicações mais sérias –, segundo estudo apresentado esta semana no congresso CHEST 2009, nos Estados Unidos. O levantamento indicou que cerca de um em quatro pacientes com apneia sofre de bruxismo – condição marcada pelo ranger de dentes noturno e que afeta cerca de 8% da população americana –, e que 35% deles têm refluxo – retorno anormal do conteúdo estomacal para o esôfago.

Para investigar essa relação, os pesquisadores avaliaram 150 homens e 150 mulheres com apneia – cada grupo com 50 caucasianos (brancos), 50 afroamericanos e 50 hispânicos. E os resultados mostraram que 25,6% dos pacientes apresentavam ranger de dentes, enquanto 35% reclamavam de azia noturna e sintomas de refluxo.

Avaliando a influência do gênero e da etnia na relação entre bruxismo, refluxo e apneia, os especialistas notaram que o ranger de dentes era mais comum nos homens (43%, contra 31% das mulheres) e nos caucasianos (35%, contra 19% dos hispânicos). E o refluxo foi mais comum em afroamericanos (40%, contra 31% dos hispânicos e 34% dos caucasianos).

"Distúrbios do sono como a apneia podem levar a muitas condições de saúde secundárias", revelou a médica Kalpalatha Guntupalli, presidente do American College of Chest Physicians. "Ao tratar a apneia do sono, os médicos devem também reconhecer e abordar as condições de saúde secundárias, como o bruxismo, com o objetivo de controlar completamente o distúrbio de sono de um paciente", complementou.

Associação entre bruxismo e apneia
Segundo o pesquisador Shyam Subramanian, líder do estudo, a relação entre apneia obstrutiva do sono e bruxismo noturno está normalmente associada a uma resposta a um estímulo. "O fim de um evento de apneia pode ser acompanhado de numerosos fenômenos na boca, como ronco, respiração ofegante, resmungos e ranger de dentes", explicou o especialista.

"Homens, tipicamente, têm apneia do sono mais severa, e talvez possam ter mais respostas ao estímulo, o que poderia explicar a mais alta prevalência de ranger de dentes em homens. Além disso, os homens tendem a relatar mais sintomas de apneia do que as mulheres, como roncos, grunhidos e apneia presenciada".

Outros fatores que poderiam explicar a relação entre as duas condições seriam a ansiedade e o consumo de cafeína. "Altos níveis de ansiedade podem levar ao bruxismo, e a apneia do sono não-tratada é reconhecida como causa de distúrbios de humor, incluindo depressão e ansiedade", ressaltou o especialista. Além disso, segundo ele, "o sono diurno da apneia do sono pode fazer com que uma pessoa ingira cafeína, e isso está também associado com alto risco de bruxismo".

Fonte: Boa Saúde