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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Como saber se seu filho tem distúrbio do sono



Os pais devem ficar atentos às crianças que roncam, têm problemas para pegar no sono ou para as que já frequentam a escola e dormem no meio das aulas. O aviso vem do Hospital Infantil da Filadélfia, nos Estados Unidos, que acaba de divulgar um estudo sobre diagnóstico de distúrbios do sono em crianças no 23º Encontro Anual da Associated Professional Sleep Societies, ou Sleep 2009. O evento acontece esta semana em Seattle, nos Estados Unidos.

Segundo a pesquisa, apenas 4% das 155 mil crianças e adolescentes avaliados, com idades de 8 a 18 anos, apresentaram algum mal que os impedia de pregar os olhos, como incontinência urinária, problemas respiratórios e insônia. Isso pode sugerir um subdiagnóstico de distúrbios do sono. “O número é significativamente menor ao reportado nos estudos epidemiológicos já conhecidos”, alerta Lisa Meltzer, autora do trabalho.

O problema é que esse tipo de distúrbio pode ter impacto no aprendizado e no desenvolvimento dos pequenos. Daí a urgência de flagrá-los e tratá-los adequadamente. Por isso também a importância do olho vivo dos pais. De acordo com a Academia Americana de Medicina do Sono, se o filho manifestar algum dos sinais abaixo, o recomendado é procurar o auxílio do pediatra.

Sinais de alerta
- Você passa muito tempo ajudando a criança a pegar no sono
- Ela acorda várias vezes ao longo da noite
- O pequeno ronca alto ou faz muito esforço para respirar enquanto dorme
- Seu comportamento, humor ou desempenho escolar andam alterados
- A criança não costumava fazer xixi na cama e agora molha os lençóis periodicamente



Fonte: Bebe.com.br

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Idosos X Insônia



O distúrbio do sono, habitualmente é diretamente associado à velhice. Porém, não é a idade o fator determinante, mas uma associação de fatores. Pode ocorrer isoladamente ou associado a uma doença

É na velhice que o distúrbio do sono pode ter importante manifestação. Dentre os idosos, os aposentados e/ou inativos e viúvos estão em maior risco.
Nessa fase da vida o distúrbio do sono manifesta-se em decorrência da depressão e da demência, especialmente a Doença de Alzheimer, situação em que há um déficit neuroquímico.

O conceito de insônia, de forma individual, é algo problemático. Para um dormidor longo (aquele que necessita de mais de 7 a 8 horas de sono), dormir 5 ou 6 horas representa insônia; o mesmo conceito já não se aplica ao dormidor curto. Ainda temos que considerar que as horas de sono variam segundo a faixa etária e mesmo entre indivíduos.
Mas então, o que é a insônia? É a dificuldade de iniciar e/ou manter o sono, presença de sono não reparador, ou seja, aquele que prejudica a realização das atividades diurnas.

Causas de insônia no idoso
* alterações psíquicas, como ansiedade e depressão;
* utilização de psicoestimulantes, fato muito comum entre mulheres que utilizam “fórmulas emagrecedoras”;
* alterações emocionais como problemas conjugais, financeiros, luto;
* abuso de café, coca-cola, cigarro, bebida alcoólica;
* distúrbios psiquiátricos;
* demências, sendo a Doença de Alzheimer a principal delas;
* decorrente de outras doenças como: doença do refluxo gastresofágico, asma, DPOC, insuficiência cardíaca congestiva, doenças da tireóide, doenças reumáticas;
* utilização de alguns medicamentos, como alguns anti-hipertensivos, antidepressivos. O uso de benzodiazepínicos (diazepam e congêneres) pode levar à insônia rebote após a retirada e levar à tolerância em uso crônico.


Fonte: Portal do Envelhecimento

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Dor de cabeça aumenta o risco de depressão e distúrbios do sono

Como se não bastassem as crises de dor de cabeça, pessoas com cefaleias, principalmente a enxaqueca, apresentam um risco maior de desenvolver outras doenças. Chamamos essa associação de duas doenças que ocorrem no mesmo indivíduo de comorbidades. Elas também são caracterizadas por dividir uma causa em comum. E quanto maior a frequência das dores de cabeça, maior a presença de comorbidades. Neste artigo, vamos conversar um pouco sobre algumas dessas doenças associadas. Dor de cabeça e distúrbios psiquiátricos.

Pessoas com enxaqueca e cefaléia do tipo tensional têm maior frequência de transtornos como ansiedade e depressão, principalmente se apresentam dor de cabeça diariamente. Em pesquisa realizada no Setor de Cefaleias da UNIFESP, foi observado também em crianças com enxaqueca uma maior frequência de sintomas psicológicos como preocupação excessiva, oscilações de humor e agressividade.

Dor de cabeça e distúrbios de sono:
Insônia, dificuldades em manter o sono com despertares recorrentes, mexer-se muito na cama, sonambulismo, bruxismo, são distúrbios de sono mais comuns em pessoas com cefaleias, tanto em adultos como em crianças. Também em pesquisa realizada na UNIFESP, crianças com enxaqueca apresentaram uma diminuição do sono REM, fase do sono mais profunda na qual sonhamos, comprovado pelo exame de polissonografia, o que pode provocar dificuldades de atenção e memória e pior desempenho escolar.


Dor de cabeça e outras dores:
Pessoas com dor de cabeça apresentam com maior frequência e intensidade outros quadros dolorosos como dor lombar, tendinites, dor facial, e a fibromialgia, onde a dor acontece no corpo todo. Cerca de 80% das pessoas com fibromialgia também apresentam dores de cabeça, e já apresentavam a cefaléia antes da fibromialgia.

Dor de cabeça e crises convulsivas:
Vários estudos comprovaram que pessoas com enxaqueca têm maior risco de sofrer uma crise convulsiva, principalmente se tiveram um tipo de enxaqueca que chamamos enxaqueca com aura, onde além da
dor de cabeça, apresentam junto com a cefaléia sintomas visuais, como embaçamento, perda visual ou pontos brilhantes na visão e formigamentos no corpo.

Déficits de atençaõ e problemas de memória:

Queixas sobre déficit de atenção são muito comuns em pessoas com dores de cabeça, tanto em crianças como adultos. Ainda existem poucos estudos científicos sobre essa associação, porém um estudo brasileiro pioneiro, realizado no Setor de cefaleias da UNIFESP, demonstrou que, crianças com enxaqueca, quando comparadas com crianças sem cefaleia, apresentaram maior dificuldade em atenção e memória. Alguns estudos internacionais também encontraram essas dificuldades em adultos com cefaleia.

Tonturas:
Pessoas com dor de cabeça apresentam com mais queixas de tonturas, rotatórias (vertigens) ou não, tanto na crise de cefaleia ou mesmo fora dela. Tal situação favorece a ocorrência de diagnósticos equivocados como labirintites e mudanças na pressão arterial e, como consequência, tratamentos inadequados para pessoas com dor de cabeça.

Dor de cabeça e derrames cerebrais
Estão em grande evidência estudos que encontraram uma maior associação entre a enxaqueca e doenças vasculares como o infarto cardíaco, e principalmente os acidentes vasculares cerebrais (AVC), chamados de

derrames. E esse risco é ainda mais alto em pessoas com a enxaqueca com aura, e em mulheres que tem enxaqueca e usam pílulas anticoncepcionais e são fumantes. 
Se você apresenta crises de dor de cabeça, principalmente a enxaqueca, deve observar o aparecimento de outros sintomas ou doenças. A boa notícia é que o tratamento da dor de cabeça, quando bem indicado, pode melhorar também as doenças associadas. O mais importante é não deixar de lado o sinal de alerta que é a cefaleia, achando que dor de cabeça é algo simples e corriqueiro. As doenças associadas tendem a acontecer ainda mais em pessoas que apresentam dores de cabeça frequentes ou há muito tempo.

Fonte: Minha Vida

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Como saber se tenho Narcolepsia?


Quem nunca desejou tirar uma soneca após o almoço ou sentiu os olhos pesarem durante uma aula enfadonha? Nessas horas o jeito é lançar mão de estratégias consagradas, como tomar café ou jogar um pouco de água no rosto.

Para alguns, no entanto, nada disso funciona. Quando bate o sono seja no meio de uma reunião com o chefe, num show de rock ou no trânsito só é possível fazer uma coisa: DORMIR.


Taxado de forma ignorante e preconceituosa como “preguiça”, o comportamento é, muitas vezes, a manifestação de um dos principais sintomas da narcolepsia. Pouco conhecida, a doença acomete um em cada 2.000 indivíduos e tem um diagnóstico difícil. O problema pode demorar vários anos até ser corretamente diagnosticado.


Apagões
Um grupo especial de neurônios do cérebro é responsável por comandar os estados de vigília e sono, ou seja, as funções “liga” e “desliga” do corpo. Por uma série de fatores que ainda não estão totalmente esclarecidos, os narcolépticos têm um déficit desses neurônios e, como consequência, têm o sono desregulado.

Segundo Denis Martinez, médico do sono e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), além de “apagar” algumas vezes durante o dia, o portador geralmente tem problemas para dormir à noite, fator que atrasa ainda mais o diagnóstico.

“As pessoas acabam achando que a sonolência diurna é normal, já que passaram por uma madrugada conturbada”, explica.

Sinais
Já que o principal indicativo da narcolepsia costuma ser confundido com preguiça, é importante ficar de olho em outros sintomas. Um deles é a cataplexia, presente em aproximadamente 60% dos casos.

Trata-se de uma perda de tônus muscular geralmente bilateral e súbita, que pode causar a queda do paciente. A moleza no corpo, cuja duração é de até cinco minutos, costuma ocorrer após fortes emoções, como rir ou tomar um susto.

A cataplexia é decorrente de uma característica importante da doença: a entrada brusca na fase REM do sono. Para se ter ideia, quem não tem narcolepsia em geral só atinge essa etapa depois de passar uma hora e meia dormindo. Martinez ressalta que é justamente no sono REM que sonhamos.

“Por isso, muitos pacientes relatam que têm alucinações durante os ataques de sonolência. Mas, na verdade, são sonhos”.

Diagnóstico
Apesar de render muitas histórias e risadas entre os amigos, dormir repentinamente causa muito sofrimento aos narcolépticos. Além de cultivarem a imagem de “corpo mole” colocando, assim, a vida profissional em risco podem se acidentar durante atividades que exigem atenção constante, como nadar, dirigir, praticar esportes ou manusear máquinas.

Por isso, diferentemente do que ocorre com outras doenças, receber o diagnóstico de narcolepsia é um alívio, pois o motivo do sono excessivo e fora de controle fica esclarecido. É importante frisar que a definição do quadro costuma vir após um exame chamado polissonografia, que avalia os fenômenos ocorridos durante o sono. Para realizá-lo é preciso dormir e passar um dia inteiro no local da avaliação.

A narcolepsia é tratada com medicamentos para aliviar os sintomas e orientação para que os pacientes façam cochilos diurnos.

“Um repouso de 15 minutos é o suficiente para deixar a pessoa revigorada para trabalhar ou exercer suas atividades por um tempo variável, que pode ser de duas a quatro horas, sem ter sono”, finaliza a médico.


Fonte: Minha Vida

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Diabetes e os Distúrbios do Sono


Já está provado cientificamente que o sono é fundamental para o funcionamento do organismo e que os distúrbios do sono podem causar desde problemas à saúde, de relacionamento e profissionais até acidentes graves.

Segundo a Sociedade Brasileira do Sono, 40% dos brasileiros não têm um sono restaurador e apresentam cansaço no decorrer do dia. "A qualidade do sono é tão importante quanto à qualidade da alimentação. Quando o sono é restaurador, acordamos com vitalidade, energia e motivação, explica o pneumologista e especialista em medicina do sono, Dr. Christiano Perin, de Porto Alegre. Segundo Dr. Perin, nos últimos anos, diversos trabalhos científicos têm mostrado uma forte ligação entre os distúrbios do sono e o diabetes.


"Sabe-se que a pessoa que não dorme bem apresenta alterações na produção de diversos hormônios e neurotransmissores que são liberados durante o sono, entre eles o cortisol, a melatonina e a leptina", afirma. Estas alterações hormonais favorecem o ganho de peso e o aumento dos níveis glicêmicos, por isso, salienta Dr. Perin, a recomendação para que todo o paciente diabético seja avaliado em relação ao seu sono durante a consulta médica. E, se necessário, que faça o exame de polissonografia (exame do sono). Conforme explica, o paciente que não dorme bem durante a noite tende a apresentar sonolência e cansaço durante o dia, irritabilidade, sintomas depressivos e perda de memória. "Por estar cansado durante o dia, ele não tem vontade de se exercitar e assim fica obeso com mais facilidade", destaca.


Para o especialista, os estudos têm demonstrado que o tratamento dos distúrbios do sono pode diminuir a glicemia de jejum e facilitar o controle a longo prazo do diabetes. Além disso, reduz a incidência de doenças cardiovasculares e hipertensão, que são duas doenças frequentemente observadas em pacientes com diabetes. Dentre os distúrbios do sono, o médico diz que o mais comumente encontrado em pacientes com diabetes é a apneia obstrutiva do sono, que está presente em mais de 50% dos casos.


A apneia obstrutiva do sono é caracterizada por paradas respiratórias durante o sono e ronco, sendo que a grande maioria das pessoas que tem este problema não suspeita do mesmo enunca procurou ajuda médica. Dr. Perin ressalta que as principais medidas para prevenir a apneia do sono são manter um peso normal, realizar atividade física, não ingerir bebidas alcoólicas à noite ou remédios para dormir e evitar dormir de barriga para cima.


Hipoglicemia durante o sono

Existe um tipo peculiar de hipoglicemia é diminuição do nível de glicose no sangue, com taxa de 60mg/dl” que ocorre somente durante o sono. Na maioria das vezes, ela não é detectada,mas alguns sinais e sintomas podem ser vistos com atenção, tais como: acordar com mau humor, dor de cabeça, pele fria, úmida, e mal-estar não explicável, com glicosúria negativa e cetonúria leve, com glicemias normais e baixo rendimento no trabalho ou no estudo. Um sono com pesadelos ou sonhar com comidas também pode ser um aviso de que alguma coisa não está bem.

O que fazer?
Antes de dormir verifique suas glicemias e, se possível, 2 ou 3 vezes por semana, entre 3 e 4h da manhã. Quando acordar à noite, sem aqueles sintomas descritos na hipoglicemia leve, mas com inquietação, insônia, falta de ar ou dor de cabeça, faça o teste de sangue, pois pode ser Hipo. Se os sintomas não se manifestarem repetidamente, tome medidas para evitá-los, diminuindo a insulina noturna ou aumentando o lanche antes de dormir, ou mesmo transferindo o horário dos exercícios físicos da tarde ou da noite para o turno da manhã.

Importante
A hipoglicemia ocorre devido a várias manifestações, principalmente quando há atraso nas refeições ou o diabético não ingere quantidade suficiente de alimentos prescritos na sua dieta,faz exercícios em excesso ou incomuns sem compensação alimentar por meio de um lanche extra, usa insulina ou medicamentos hipoglicemiante oral ou em excesso, usa mais de uma ou 2 doses de bebidas alcoólicas, tem gastroparesia (esvaziamento do estômago causado por um tipo de neuropatia diabética), usa insulina de ação rápida (Regular, R ou Humalog) antes das refeições ou perde alimentos, seja por vômitos ou diarréia.

Sintomas
Fique atento para os sinais e sintomas da hipoglicemia:
  • Suores, tonturas, palpitações, tremores e palidezâ.
  • Formigamento ao redor da boca e da língua, perda de consciência
  • Sensação de fraqueza ou de fome
  • Dificuldade em se concentrar, sonolência ou desorientação
  • Pele fria, pálida e úmida
  • Dor de cabeça, instabilidade ou depressão
  • Visão turva, dupla ou com manchas brancas
  • Mudança de conduta, parecendo estar alcoolizado

Fonte: Farma Mellitus

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Distúrbio do Sono pode causar acidente de trânsito


A American Academy of Dental Sleep Medicine (AADSM) estabeleceu a campanha "Dentistas contra a sonolência na direção", com a finalidade de sensibilizar as pessoas sobre os perigos decorrentes dos distúrbios do sono.

Problemas como ronco e apneia desencadeiam algo bastante conhecido pela maioria dos motoristas: sonolência na hora de dirigir, já que a principal causa da sonolência diurna é uma noite mal dormida. Portanto, pacientes que sofrem de apneia do sono, ronco ou bruxismo do sono, estão mais propensos a causar acidentes de trânsito, pois esses distúrbios fragmentam o sono e impedem que ele seja profundo e reparador. A pessoa não descansa o suficiente para exercer todas as suas atividades físicas e mentais durante o dia.

Segundo dados da American Academy of Dental Sleep Medicine (AADSM), os distúrbios do sono podem causar até 15 vezes mais acidentes fatais e custar cerca de R$ 48 bilhões em custos médicos ao ano.


"Dirigir sonolento pode ser tão perigoso quanto dirigir embriagado". A atual legislação recomenda que os motoristas façam ações preventivas e busquem tratamento para apneia do sono", diz Dr. Eduardo Rollo Duarte, especialista em Odontologia do Sono. "Muitos condutores desconhecem o problema e não reconhecem os sinais dos disturbios do sono".

Muitas pessoas ainda têm a falsa impressão de que o ronco é sinal de sono profundo, quando na verdade é o contrário - o barulho e a dificuldade de respirar deixam o indivíduo num estado que não permite que o corpo recarregue as energias da forma necessária. A boa notícia é que ronco, apneia, bruxismo e problema na ATM têm solução e tratamento certos. Trata-se de uma escolha valiosa, e que pode mesmo evitar acidentes nas ruas e estradas.

O diagnostico é feito através da polissonografia ou estudo do sono, realizado por médico especializado. O tratamento pode ser oral, através da odontologia do sono. O aparelho é usado durante o sono para mover a mandíbula e a língua para frente, abrindo assim as vias aéreas. "Com isso a interrupção da respiração não acontece durante o sono, evitando a apneia", afirma o especialista. "O dentista verifica a necessidade de cada paciente e adapta o aparelho para elas, obtendo assim um melhor resultado", completa.

 

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Crianças sonâmbulas: o que fazer?


Imagine a cena onde você, mamãe, levanta no meio da noite para ir ao banheiro e encontra o seu filho abrindo a porta de casa para sair. Nesse momento, percebe que o pequeno está dormindo e não pronto para uma fuga. Não se assuste, sonambulismo é muito mais comum do que se imagina.

Mil coisas passam pela cabeça dos pais quando a palavra sonambulismo vem à tona, como não poder acordar a criança de jeito nenhum, que a criança deve tomar remédios ou ainda que não se deva conversar com a criança.
O sonambulismo é um distúrbio do sono que não traz prejuízos para a criança e é mais freqüente entre a idade de 4 a 10 anos devido à imaturidade do sistema nervoso central, que ainda se encontra em intenso desenvolvimento. Quando chega a adolescência, o sonambulismo tende a diminuir sensivelmente.

Esse distúrbio tem ligação com predisposição familiar, cerca de 80% dos casos de sonambulismo em crianças tem história na família. De 15 a 30% das crianças já apresentaram pelo menos um episódio de sonambulismo.

O sonambulismo ocorre no início do sono da criança e pode durar de alguns segundos a quarenta minutos. Consiste em a criança andar pela casa, sentar na cama, falar ou responder perguntas. Atividades mais complexas também podem ser apresentadas como pegar objetos, abrir gavetas, trocar de roupa, destrancar portas ou comer. A criança faz e não se lembra do episódio na manhã seguinte.

Cuidados especiais- Não há como evitar o sonambulismo, mas existem algumas atitudes que devem ser realizadas para impedir que a criança se machuque. O recomendado é não acordar a criança, já que ela pode se assustar ou ficar confusa com a situação e ainda desencadear novos episódios na mesma noite. Mas se a criança acordar, não prejudicará a sua saúde. A criança deve ser conduzida tranqüilamente de volta à cama.

Uma rotina de horário para dormir e acordar deve ser imposta para a criança que deve evitar brincadeiras muito agitadas antes de dormir. Não recrimine o pequeno por seu sonambulismo, isso poderá deixá-lo inseguro com medo de dormir longe dos pais.
Tranque portas e retire as chaves para impedir que a criança saia durante o período de sonambulismo. Para evitar qualquer acidente, deixe fora do alcance da criança objetos cortantes como facas e tesouras, produtos químicos que possam ser ingeridos, retire objetos do caminho da criança para que não tropece e se machuque, bloqueie o acesso às escadas e coloque telas de proteção nas janelas.

O tratamento a base de medicação só é recomendado quando o sonambulismo prejudica o dia-a-dia da criança. Se os episódios de sonambulismo ocorrerem de quatro a cinco vezes por noite ou cinco vezes na mesma semana a criança pode apresentar sinais claros de sonolência, alternando o humor ao longo do dia.

Dicas
Sonambulismo não é doença, mas se os episódios forem freqüentes ou persistirem mesmo na adolescência, procure um especialista.
A lenda prega que a pessoa jamais pode ser acordada quando está sonâmbula. Não é bem isso. No entanto, é bom evitar acudi-la neste momento.
Nunca se esqueça tomar as devidas precauções para evitar qualquer acidente com o seu filho durante o sonambulismo.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Distúrbio do Sono Atrasado



Alvo de críticas de familiares e amigos, quem gosta de ficar na cama até a hora do almoço pode ter um motivo científico para a "vagabundagem": o distúrbio do sono atrasado.

O organismo humano tem um ciclo diário, de modo que os níveis hormonais e a temperatura do corpo se alteram ao longo do dia e da noite. Depois do almoço, por exemplo, o corpo trabalha para fazer a digestão e, conseqüentemente, a temperatura sobe, o que pode causar sonolência.

Quando dormimos, a temperatura do corpo diminui e começamos a produzir hormônios de crescimento. Se dormirmos durante a noite, no escuro, produzimos também um hormônio específico chamado melatonina, responsável por comandar o ciclo do sono e fazer com que sua qualidade seja melhor, que seja mais profundo.

Pessoas vespertinas, que têm o hábito de ir para a cama durante a madrugada e dormir até o meio dia, por exemplo, só irão começar a produzir seus hormônios por volta das 5 da manhã. Isso fará com que tenham dificuldade de ir para a cama mais cedo no outro dia e, consequentemente, de acordar mais cedo. É um hábito que só tende a piorar, porque a pessoa vai procurar fazer suas atividades durante o final da tarde e a noite, quando tem mais energia.

O pesquisador Luciano Ribeiro Jr. da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), especialista em sono, explica que esse distúrbio pode ser genético: "Pessoas com o gene da ‘vespertilidade’ têm predisposição para serem vespertinas. É claro que fator social e educação também podem favorecer”. Mas não se sabe ainda até que ponto o comportamento social pode influenciar o problema.

A questão, na verdade, é que o vespertino não se encaixa na rotina que consideramos normal e acaba prejudicado em muitos aspectos. O problema surge na infância. A criança prefere estudar durante a tarde e não consegue praticar muitas atividades de manhã. Na adolescência, a doença é acentuada, uma vez que os jovens tendem a sair à noite e dormir até tarde com mais frequência.

A característica vira um problema quando persiste na fase adulta. “O vespertino é aquele que já saiu da adolescência. Pessoas acima de 20 anos de idade que não conseguem se acostumar ao ritmo de vida que a maioria está acostumada”, diz Luciano. Segundo ele, cerca de 5% da população sofre do transtorno da fase atrasada do sono em diferentes graus e apenas uma pequena parcela acaba se adaptando à rotina contemporânea.

O pesquisador conta também que, além do preconceito sofrido pelos pais, professores e, mais tarde, pelos colegas de trabalho, o vespertino sofre de problemas psiquiátricos com maior frequência: depressão, bipolaridade, hiperatividade, déficit de atenção são os mais comuns. Além disso, a privação do sono profundo, quando sonhamos, faz com que a pessoa tenha maior susceptibilidade a vários problemas de saúde: no sistema nervoso, endócrino, renal, cardiovascular, imunológico, digestivo, além do comportamento sexual.

O tratamento não envolve apenas remédios indutores do sono, como se fosse uma insônia comum. É necessária uma terapia comportamental complexa, numa tentativa de mudar o hábito, procurando antecipar o horário do sono. Envolve estímulo de luz, atividades físicas durante a manhã e principalmente um trabalho de reeducação.

E as pessoas que têm o hábito de acordar às 4 ou 5 horas da manhã? “O lado oposto do vespertino é o que a gente chama de avanço de fase. Só que esse não tem o problema maior no sentido social. Ele está mais adaptado aos ritmos sociais e profissionais. Os meus pacientes deste tipo têm orgulho, já ouvi mais de uma vez eles dizendo ‘Deus ajuda quem cedo madruga’”, diz o neurologista.


Fonte: Reporter News