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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A importância da fisioterapia respiratória para as crianças


Por que as crianças precisam de fisioterapia respiratória tão precocemente?
A crescente incidência de enfermidades respiratórias infantis está ligada em parte a evolução de germes responsáveis pelas infecções respiratórias e ao predomínio de infecções virais sobre as infecções bacterianas, e a outra parte a um conjunto de fatores ambientais que associam os hábitos de vida e poluição do ar. Devido as particularidades do sistema respiratório e a predisposição genética, as crianças estão sempre susceptíveis a infecções respiratórias. As mais comuns são a bronquiolite e as pneumonias. Diversas doenças são responsáveis por um acúmulo de secreções bronquiais, sendo necessário recorrer a intervenção da fisioterapia respiratória cujo objetivo fundamental é remover as secreções bronquiais e expandir os pulmões.


Por que a tosse é tão importante?
Porque é através deste fluxo expiratório com velocidade alta que as secreções caminham na via aérea até chegarem na cavidade oral para serem removidas ou expectoradas.


Se a criança não consegue tossir, como o fisioterapeuta avalia o resultado da sua intervenção?
A traquéia é cheia de receptores de tosse, pequenos estímulos nesta região provocam tosse espontânea, assim como um tracionamento no lóbulo da orelha também. Mas, ás vezes, é necessário utilizar de técnicas de desobstrução invasivas como aspiração de secreções traqueais. E novamente utilizando o estetoscópio ele reavaliará a modificação da ausculta pulmonar, ou seja, o aparecimento dos sons respiratórios normais.


Quando a fisioterapia respiratória está contra indicada em crianças?
Quando as crianças estão com temperaturas corporais baixas, em instabilidade cardíacas, qdo possuem pneumotórax( ar na cavidade pleural) sem drenagem adequada, e na presença de secreções sanguinolentas, sem que se tenha conhecimento da origem do sangramento.


Quais os procedimentos o fisioterapeuta respiratório deve realizar antes de realizar a intervenção em uma criança?
A programação da intervenção fisioterapêutica deve ser realizada nos intervalos das mamadas ou alimentação, ou pelo menos uma hora depois. Se a criança possui Sonda para alimentação nasogástrica, deve-se aspirar o conteúdo gástrico.
As crianças devem ser monitoradas antes, durante e depois do procedimento do fisioterapeuta.
A vigilância deverá ser redobrada se a criança estiver em uso de tubos traqueais, sondas gástricas, acessos venosos.
O período de sono deverá ser respeitado , sempre que possível.



Qual a importância de um bom posicionamento da criança?
A colocação da criança em um posicionamento ideal com a cabeceira mais elevada pode evitar o risco de refluxo gastresofágico e facilitar uma melhor sincronia da respiração. Entretanto a criança não pode ser mantida em apenas uma posição, deverá ser colocada deitada de ambos os lados para evitar a formação de locais de maior pressão na pele e para favorecer uma alternância de ventilação das áreas do pulmão. O conforto da criança é também essencial.


 A Fisioterapia Respiratória pode auxiliar no uso de medicamentos inalatórios?
Os medicamentos administrados através da respiração (Terapia Inalatória) são utilizados freqüentemente em crianças com problemas respiratórios. A escolha desta forma de aplicação é devido seu efeito direto no pulmão, órgão onde se localiza o problema, e pela redução do efeito sistêmico do medicamento. A inalação ou nebulização é mais eficaz quando é realizada através da boca.


Quanto maior o volume de ar inspirado, maior será a quantidade de medicamento ofertada aos pulmões. Para realizarmos uma nebulização correta devemos inspirar profundamente e de forma bem lenta para que a mistura do fármaco e ar chegue até a periferia dos pulmões. O Fisioterapeuta respiratório, através de exercícios respiratórios específicos pode favorecer o aumento do volume inspirado, bem como realizar inspirações lentas e profundas e potencializar a ação do medicamento inalado.


Quais serão as crianças beneficiadas pela Fisioterapia Respiratória?
Atualmente existem varias áreas de assistência da Fisioterapia Respiratória, contempladas dentro de um novo modelo de promoção da saúde. O Fisioterapeuta Respiratório atua na prevenção e no tratamento de doenças. Crianças com doenças respiratórias, tais como; asma, bronquite, pneumonias, rinites, fibrose cística, doenças neuromusculares, síndromes genéticas dentre outras, ou mesmo questões mais simples, como algumas crianças que respiram de forma errada. Vale ressaltar quanto mais precoce estas crianças começarem o tratamento com o fisioterapeuta melhor serão os resultados percebidos.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Dormir demais pode ser doença



Dormir bastante não é garantia de organismo descansado, bem-disposto. Pelo contrário: sono em excesso pode indicar um risco maior de desenvolver doenças cardiovasculares, segundo um estudo feito pelo Centro de Controle de Doenças, órgão ligado ao governo dos Estados Unidos com 30.397 entrevistados.

A novidade da pesquisa, divulgada na terça-feira pela revista Sleep, é o aumento da incidência de doenças em quem passa das nove horas diárias de sono - uma frente de pesquisa que começa a ser investigada também pelos médicos brasileiros.

 Tradicionalmente, era a privação de sono que aparecia associada a eventos cardiovasculares na literatura médica, diz o neurologista do Instituto do Sono, da Universidade Federal de São Paulo, Luciano Ribeiro Pinto Júnior. "Agora, dormir demais também se mostra desinteressante para a saúde."

Na pesquisa americana, 9% dos entrevistados (2.735) que dormiam nove horas ou mais por dia tiveram risco 1,5 vezes maior de desenvolver doenças cardiovasculares do que os que dormiam entre sete e oito horas - período considerado o ideal para descanso. Cerca de 8% dos entrevistados (2.431) que dormiam menos de cinco horas tiveram essa possibilidade aumentada em 2,2 vezes. Apneia do sono e obesidade também estão relacionados a horas de sono em excesso. "A qualidade do sono é um indicador da qualidade de vida e da saúde do indivíduo", afirma o presidente do Departamento de Neurologia da Associação Paulista de Medicina, Rubens Reimão. 


 Para os especialistas, dormir menos ou demais não é doença. "Não é o sono que mata, mas sim o que causa pouco ou muito sono", explica o neurofisiologista do Laboratório do Sono do Hospital das Clínicas, Flávio Áloe. Os médicos ainda investigam a ligação entre dormir muito e o aparecimento de doenças. "Sabemos que dormir pouco pode liberar substâncias no organismo e gerar mais stress. Não sabemos, porém, os efeitos no organismo de dormir muito", complementa a especialista em medicina do sono da Associação Brasileira do Sono, Luciana Palombini.

Fonte: Veja